Perímetro

Perímetro

O Perímetro Hidroagrícola de Alvor desenvolve-se ao longo dos cursos inferiores das ribeiras de Odiáxere, Arão, Farelo e Torre nas freguesias de Bensafrim e Odiáxere, do concelho de Lagos (800 hectares) e nas freguesias de Alvor e Mexilhoeira Grande, do concelho de Portimão (947 hectares), no distrito de Faro. O perímetro regado encontra-se nas folhas n.os 593 e 594, da carta militar, na escala 1:25.000.

A barragem está situada na freguesia de Bensafrim e a albufeira nas freguesias de Bensafrim do concelho de Lagos e de Marmelete do concelho de Monchique, todas no distrito de Faro.

A barragem está situada na folha n.º 593 da carta militar (escala 1:25.000) e a albufeira desenvolve-se nas cartas n.os 584 e 593 da mesma carta.

O Aproveitamento foi construído entre 1956 e 1959, ano em que se iniciou a exploração e conservação da Obra a cargo da Direção Geral dos Serviços Hidráulicos. Em 1962, a responsabilidade de manutenção conservação e exploração foi transferida para a Associação de Regantes e Beneficiários do Alvor (ARBA), com sede em Odiáxere, criada por Alvará de 7 de Fevereiro de 1958.

O número de beneficiários deste aproveitamento hidroagrícola varia de ano para ano, tendo-se apurado 937 a título definitivo e 110 a título precário em 2019.

A área total beneficiada do Aproveitamento Hidroagrícola: 1747 ha. A área regada actual (2019) foi de 837 ha .

A água proveniente da Albufeira da Bravura é destinada à rega agrícola, golfes e jardins e para abastecimento público.

Rede de Rega

A água é captada na albufeira através de uma torre de tomada de água e uma conduta em betão com diâmetro de 1,8 m, com 663 m de desenvolvimento, blindada parcialmente (113 m) com tubagem de aço.

Esta conduta termina num obturador de disco DN800, cujo funcionamento conjugado com o posicionamento de uma comporta basculante de charneira, com as dimensões 2,58 × 3,14 m2 (l × alt), regulam os caudais a derivar. Os caudais são determinados pela curva de vazão da comporta de charneira, cuja lâmina de água é conferida em tempo real por um sensor de nível ultrassónico. O nível de água, fisicamente, é sempre garantido pelo funcionamento automático do obturador de disco.

 

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Torre de Tomada de Água
Câmara de Dissipação de Energia

Após esta estrutura de regulação existe um troço de canal, com desenvolvimento parte em túnel, parte a céu aberto, com o comprimento total de 1953,16 m. Este canal termina na câmara de carga, onde se inicia a conduta forçada da Central Hidroelétrica com diâmetro de 1,80 m, com um desenvolvimento de 112,00 m.

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Ponte Canal da Figueira
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Câmara de Carga

Assim, na fileira de derivação de água para o CCG, foi construída uma central hidroelétrica com uma turbina FRANCIS, de eixo horizontal, fabrico VOIGHT, com regulação exterior do distribuidor, com a potência de 0,61 MW, e potência do alternador de 0,72 MVA. O valor de energia produtível anual disponível é de 1 GW.h.

O desenvolvimento total da rede de distribuição de água é de 116.870 metros, dos quais 20.370 metros constituem a rede de rega primária e 96.500 metros a rede secundária; a rede total alimenta cerca de 1320 bocas de rega. A densidade da rede de rega é de 65 m por ha.

A rede secundária de rega (Distribuidores) tem um desenvolvimento de 28 436 m e a rede terciária (regadeiras e caleiras) tem um desenvolvimento de 68 172 m.

Canal Condutor Geral
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Canal Condutor Geral - Troço VI
Distribuidor do Arão
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Caleira - Distribuidor do Vale da Lama

Rede de defesa, drenagem e enxugo

Dada a proximidade do oceano e estando sujeita à influência das marés, a área do Aproveitamento Hidroagrícola carece de estruturas de proteção, para evitar a inundação de parte da sua área, e de drenagem, para mitigar os efeitos da intrusão salina. Como obras de defesa, foram construídos: um dique (na Torre), de 250 m de comprimento, e diversos valados com um desenvolvimento total de 22,0 km. Quanto à rede de drenagem, o seu desenvolvimento total é atualmente de 61.441 m.

Para garantir a funcionalidade desta rede foi instalada uma estação elevatória de enxugo, localizada em Montes de Alvor, com uma  capacidade total de elevação de 2100 l/s, constituída por 3 grupos de eletrobombas.

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Valado de Defesa
vala de enxugo
Valado de Defesa
valado penina 1
Valado de Defesa
valado penina
Valado de Defesa

Na ribeira da Torre a defesa contra a maré é independente das obras de proteção contra as cheias. Um dique, com desenvolvimento de 250 m, fecha aquela ribeira junto à confluência com a ribeira da Torre, impedindo o acesso da maré para montante. Valados marginais limitam a inundação pelas águas doces, em caso de cheia.

dique da torre
Dique da Torre
Dique da Torre
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